Minha atual leitura é “Hiena – Minha revolta não se vende”.
O livro conta a história de Ediberto Bernardo dos Santos. Negro, pobre, nordestino, instrução primária, militante político e valente, sete anos de experiência no sistema prisional paulista em tempos de PCC e anistiado político.
Sem dúvida é uma comovente e impressionante aventura humana.
O livro tem escrita ágil, envolvente e objetiva. Traz também elementos dos períodos aureos da greve em tempos de Lula no grande ABC Paulista.
Soube do livro ao ser convidada para integrar uma mesa de debate sobre o livro na Semana da Consciência Negra realizada pela Unicamp no ano passado. Tive a oportunidade de conhecer o autor do livro Moacyr Pinto e o próprio Hiena (Edilberto), biografado. Hiena é um homem simples, de fala precisa e tocante. Não se satisfez em acompanhar os rumos da história democrática e encampou as fileiras da militância política sindical em sua juventude. Pagou um preço alto por sua ousadia: foi perseguido constantemente. Foi vítima do sistema ao cair nas garras do crime e voltou triunfante após anistia política de um episódio conhecido como os 33 da GM.
Indico aos sindicalistas e apaixonados pela história de nosso país. Apesar de se ater a um período curto da história e local muito específico (São José dos Campos e Jacareí em São Paulo) é um livro muito bom.
Adiquira o seu com o autor: moacyrpintos@ig.com.br
Uma resposta para “Hiena: negro, pobre e sindicalista”
[…] Se você gostou deste livro sugiro a leitura de “A ILHA – Um repórter brasileiro no país de Fidel Castro” e “Hiena – Minha revolta não se vende”. […]