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Nesta segunda-feira, 25 de julho, celebramos o Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha. A data foi criada em 25 de julho de 1992, no I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana, para marcar, internacionalmente, a luta e a resistência da mulher negra.
Para destacar essa importante data, a Frente de Mulheres Negras de Campinas e Região promove de 25 a 31 de julho atividades para compartilhar suas percepções afro latinas, negras e feministas a respeito dos temas como: Cultura, Direitos e Políticas Públicas, Militância e Sexualidade.
Durante a semana serão lançados a Revista da Frente de Mulheres Negras de Campinas e Região e o documentário “Em Marcha Sempre”. A publicação é fruto do acúmulo de conversas e vivências das mulheres negras que integram a frente e os textos escritos lançam reflexões sobre Cultura, Ancestralidade, Atualidades, Trabalho, Sexualidade e Educação.
No Brasil a Lei nº 12.987/14 instituiu o 25 de julho como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Ela foi uma líder quilombola que viveu no atual estado do Mato Grosso durante o século 18 e tornou-se rainha do Quilombo Quariterê após a morte de seu marido. Sob sua liderança a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças de Luiz Pinto de Souza Coutinho.
Vale destacar que, apesar de muitas mulheres negras serem bem mais qualificadas e investir mais tempo que os homens em estudo, elas ainda ganham menos de 40% que brasileiro branco e, outras tantas, são exploradas em ocupações terceirizadas precárias no setor de limpeza ou alimentação.
Por isso, o 25 de julho é um dia de luta e para lembrar que as mulheres negras brasileiras continuam, bravamente, combatendo cotidianamente o racismo, o machismo e a violência doméstica tão enraizados em nossa sociedade patriarcal e conservadora.
Frente de Mulheres Negras de Campinas e Região
A Frente de Mulheres Negras de Campinas e Região é composta por 20 coletivos de militância feminista, cultural, periférica e negra, que se mobilizam com a intenção de promover ações permanentes e constantes acerca da temática da Mulher Negra.
A frente é organizadora do Sarau das Aliadas, que acorre todo último domingo do mês na Casa de Cultura Tainã, na Vl. Pe. Manoel da Nóbrega.
Programação
25 de julho (segunda-feira)
19h – Lançamento da Revista da “Frente de Mulheres Negras” e do Documentário “Em Marcha Smpre”.
Local: MIS Campinas (Rua Regente Feijó, 859 – Centro)
28 de Julho (quinta-feira)
19h – Roda de Conversa “Mulheres Negras e Direitos: a Justiça quando vira injustiça”.
Local: Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Rua Barão de Jaguara, 636 – Centro)
29 de Julho (sexta-feira)
19h – Roda de Conversa “Mulheres Negras e Sexualidade: diálogos entre gerações”.
Local: Estação Cultura (Praça Marechal Floriano Peixoto)
30 de Julho (sábado)
10 às 20h – Mutirão de Graffiti Feminino “Rolê das Aliadas”.
Local: Casa de Cultura Tainã (Rua Inhambu, 645 – Vila Padre Manoel da Nóbrega)
31 de Julho (domingo)
14 às 20h – Sarau das Aliadas, com a entrega do Prêmio “Mulheres Negras 2016”.
Local: Casa de Cultura Tainã (Rua Inhambu, 645 – Vila Padre Manoel da Nóbrega)
Fonte: Com informações da Frente de Mulheres Negras de Campinas e da Wikipedia
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