Durante a abertura do 11º Fórum Social Mundial, em Dacar, no Senegal, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, pediu oficialmente perdão pelo sofrimento causado aos povos africanos pela escravidão no Brasil.
Não foi a primeira vez que isso aconteceu. Em 2005, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve o mesmo gesto. As iniciativas, especialmente a atual vinda de um membro do novo governo, sinalizam a disposição do Brasil não apenas de reparar a história como de aproximar as nações fortalecendo a política Sul-Sul que vem sendo implementada desde o primeiro mandato de Lula.
“Eu venho, como já disse o presidente Lula, pedir perdão; perdão aos irmãos africanos por esse processo de escravidão”, afirmou Carvalho. Ao iniciar seu pronunciamento na Universidade Cheikh Anta Diop, onde acontece boa parte dos eventos do FSM, o ministro também destacou: “somos milhões de trabalhadores, operários, camponeses, estudantes, servidores públicos com a esperança de que outro mundo é possível”. Carvalho também destacou que “para nosso orgulho, hoje os afrodescendentes já são maioria da nossa população.”
A delegação brasileira, liderada por Gilberto carvalho, é composta ainda pela ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e pela ministra de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Luiza Helena de Bairros, além de 30 outros assessores.
Parceria Sul-Sul
Como parte da política de integração entre países em desenvolvimento, o Brasil fechou recentemente acordo na área alimentar com o Zimbábue, um dos países mais pobres da África. O Projeto de Cooperação Técnica consiste na aplicação do programa “Mais alimentos”, encabeçado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.
“O Zimbábue tem uma estrutura que permitirá que a experiência africana do Mais Alimentos represente condições de êxito e para que o Brasil possa continuar a disponibilizar sua experiência e sua capacidade de produção de equipamentos para os países africanos e contribuir para a produção alimentar e melhoria de vida dos povos africanos”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, ao definir o projeto.
O acordo foi firmado na semana passada durante encontro, em Brasília, entre o ministro e Ngoni Masoka, secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Mecanização e Desenvolvimento da Irrigação do Zimbábue.
Fonte: Portal Vermelho (Da redação, com agências)
2 respostas para “Em Dacar, Brasil volta a pedir perdão por escravidão de africanos”
EU TENHO CERTEZA QUE NO BRASIL NAO QUEREMOS SO AS DESCULPAS MAS DUPLA CIDADANIA LEGITIMIDADE DO NEGRO BRASILEIRO QUE TENHA DNA – COM ETINIA PAIS E TRIBO LOCALIZADA E OUTROS VALORES EDIREITOS HISTORICOS QUE TODOS NEGROS BRASILEIROS PLEITEAREMOS URGENTE! ,, FERNANDA DE FREITAS QUERO QUE ENTE EM CONTATO POR GENTILEZA VC E NOTA 10 NEGRA LINDA -RICARDO M –WWW.RICARDOMANDELLA.9F.COM-E-MAIL-RICARDOMANDELLA@GLOBOMAIL.COM-011-9-4662-5210-OI URGENTE
Precisamos lutar por uma sociedade mais igualitária e pelo fim do racismo, machismo, homofobia e tantas outras discriminações que existem. Mas não dá pra negar, que os negros têm sido usurpados, por anos a fio, dos seus direitos e que é chegada a hora de mudarmos nossa sociedade.
É preciso que o movimento negro e tantos outros se unam em defesa dos seus direitos.
Obrigada pela visita!
Abraço e axé!