Comercial x conceito


O mundo da publicidade é realmente fantástico!

Apesar de passar minutos tentando explicar a diferença entre Propaganda e Marketing, continuo achando que os dois juntos são imbátiveis.

E nada como os comerciais televisivos ou radiofônicos para fazer jus ao profissionalismo e talento dessa moçada ou senhorezinhos publicitários (Duda Mendonça e Washington Olivetto).

Dentre tantos comerciais famosos que me lembro, os mais impactantes são aqueles que dosam humor com criatividade.

Alguns comerciais, além de hit, tornaram-se referência em linguagem. Espere…. explico:

O comercial da Sukita foi um deles: Tio… aperta o 21 prá mim!

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Até passei a beber Sukita em detrimento à Fanta. E desde então, curto mais a Sukita e chamo todo senhor “coroa” de tiozinho… rrss Mas tudo sem ofensa!

E os bichinhos fofos da Parmalat. Simplemente adoráveis: Parmalat, porque todos somos mamíferos… tomou?

Comprei a coleção todinha só porque achei muito fofo e, lógico, para ajudar o, então, patrocinador do Palmeiras. Pura ingenuidade, o time não ganhou nada com isso!!!

Tem também aquele comercial bacana do refrigerante Antarctica: Pipoca e Guaraná, que programa legal – Antarctica.

É claroooooooooooo que eu nunca deixo de assistir um filminho tomando guaraná e comendo pipoca. Mas isso é só preferência. É só porque eu não gosto do Kuat e gosto pouco da Coca Cola.

Tem também algumas “lendas” da propaganda brasileira: Não esqueça a minha Calói!

Esse comercial é das antigas. Todo criança pulava de alegria quando no Dia das Crianças ou Natal a bicicleta chegava. Adorei… claro eu tinha uma calói!

Tem aquele comercial que virou slogan: Bonita camisa Fernandinho. Esse bordão virou uma febre e todos os Fernandos e Fernandas sofreram muito com essa frase. Teve vez que tive que partir para ignorância e cortar o papo. Essa propaganda me azucrinava: Bonita camisa Fernandinha, bonita calça Fernandinha, bonita não sei o quê Fernandinha… Chatoooooooooo!

Poderia tentar resgatar um monte de comerciais que vi ou ouvi e que foram muito interessantes, mas não vem ao caso e nem à memória… rsrs

 

Sobre conceito

O que eu quero dizer é que a propaganda tem um poder muito grande sobre o imaginário das pessoas.

A Volks é um exemplo sério de como criar conceito: está no ar uma propaganda muito legal: Ninguém conhece você como a sua mãe. Ninguém conhece o seu Volkswagen como a Volkswagen.

Quer apelo mais forte do que envolver família! Agora a Volks apelou mesmo!

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Nada de mulheres gostosas (como as das propagandas de cervejas), nada de trilha, montanha, força, arranque, galera de amigos em férias… O lance agora é meter a mãe no meio! É uma coisa de família!

Por meio de uma situação bem-humorada os comerciais demonstram que apenas a rede de concessionárias Volkswagen conhece bem os veículos da marca, assim como só as mães conhecem bem os filhos.

O comercial veiculado no rádio é muito interessante: é sobre uma criança e uma mãe que quer tirar satisfações sobre o boletim escolar via celular, claro que o menino tenta enganar a mãe dizendo que a ligação está muito ruim, mas é pego na mentira quando a mãe fala da ligação da namoradinha dele e, ele desesperado diz para mãe dar detalhes. Lógico que ela, bem esperta, retoma a discussão falando do boletim escolar, já que a ligação está boa. Uma sacada de mestre! Coisa de mãe!

Os dois comerciais dizem muito – nas entrelinhas – sobre como fazer a melhor escolha, ter confiança, tratar bem, ter experiência, ou seja, ser uma mãe.

Afirmo que a Volks se superou. Sou muito mais fã da Fiat, mas que o comercial tem um bom conceito, isso não dá pra negar.

Quero registrar meus parabéns à equipe de profissionais que produziu o comercial. Isso sim é criar sentido, direcionar ideias e formar conceito.

A mídia em geral e também os meios de comunicação, sejam eles quais foremm lidam o dia inteiro mais com direcionamento de opinião do que com formação de opinião. Eles criam ideias, conceitos, preconceitos, modas, estilos, padrões, estereótipos que, quando vemos, já estamos extremamente dominados pela indústria da manipulação midiática. Não é à toa que é tida como o 4º Poder.

 

Decifra-me, por favor, não me devore!

Diante desse breve quadro de ideias, quero dizer que depois que fiz Jornalismo passei a ver as mídias, em geral, de outra forma. E tentar me relacionar com ela também de forma mais racional e equilibrada sem deixar me levar pela concepção criada, pela ditadura estabelecida.

Mas uma coisa eu tenho que dizer:  acho que ainda tenho resquícios de uma pessoa influenciável.

Apesar dos esforços concentrados, alguma coisa sempre escapa das nossas rédeas e do nosso controle. É o famoso desejo de ter… Cruzissss


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