XIII Congresso Estadual dos Jornalistas – Mongaguá/SP – 18 a 20/06/10
MOÇÕES APROVADAS:
Moção de repúdio à opressão patronal, machista e racista
Os jornalistas de todo o Estado de São Paulo, reunidos no XIII Congresso Estadual, manifestamos nosso repúdio à prática de Assédio Moral de que foi vítima a jornalista e diretora da regional Campinas do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, Fernanda Freitas.
O assédio ocorreu nas instalações do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), no dia 15 de junho, durante a greve dos Trabalhadores. Mário Martins de Lima, membro da Comissão de Imprensa do Comando de Greve, ofendeu e tentou humilhar a trabalhadora na execução de suas tarefas. Dentre os termos usados, citamos a “empregadinha”, por explicitar o caráter opressor também de gênero e etnia.
Nós, jornalistas, não aceitamos tal prática e conclamamos a diretoria do STU a garantir um ambiente de trabalho digno, que respeite os profissionais jornalistas e lhes garanta condições para o procedimento adotado por aqueles que praticam o Assédio Moral e a determinar que Mário Martins de Lima faça uma autocrítica pública e oficial, reconhecendo o erro e desculpando-se formalmente com a profissional.
Moção Fora as tropas de ocupação do Haiti!
Os haitianos precisam de médicos, engenheiros e enfermeiros, não de soldados!
O Sindicato dos Jornalistas no Estado de são Paulo apóia e se soma à campanha internacional pela retirada das tropas de ocupação da ONU no Haiti, lideradas pelo Brasil. O movimento sindical e popular no Haiti exige a retirada das tropas, defendendo que seja concedida uma ajuda humanitária com médicos, enfermeiros e engenheiros. O Haiti não precisa de soldados e policiais, mas de solidariedade. Com um longo histórico de intervenções militares, o Haiti tem direito à soberania e à auto-determinação, princípios democráticos que regem as relações internacionais. Nosso sindicato se soma à demanda, dirigida ao governo do presidente Lula, de que retire as tropas brasileiras do Haiti.
Moção Revogação da lei das organizações sociais!
O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo junta-se à campanha pela revogação da Lei das Organizações Sociais, adotada durante o governo de Fernando Henrique. A lei é um instrumento de privatização dos serviços públicos, já que permite que governos em todas as esferas entreguem a gestão dos serviços públicos – até agora, principalmente na área de saúde – a supostas entidades sem fins lucrativos, que se constituem como organizações sociais. Com isso, destroem-se os mecanismos democráticos de gestão dos serviços públicos, como licitações, planos de carreira, concursos públicos e estabilidade do servidor. Contra a entrega de responsabilidades de governo às organizações sociais, nosso sindicato defende o fortalecimento e a valorização dos serviços públicos e das carreiras dos servidores.
Mais informações: http://www.jornalistasp.org.br
Fonte: Portal do Sindicato dos Jornalistas SP –