Bom, ontem (13/04) tive uma noite de TERRIR…
Era um terror que, se não fosse de mau gosto, poderia me fazia morrer de rir.
Tudo bem, essa foi péssima, né? Vamos lá…
Zapeando os canais de televisão, resolvi me concentrar num programa, pra me fazer dormir logo ou pelo menos para me entreter enquanto o sono não chegava. Eis que sintonizo a RedeTV e num passe de mágica a apresentadora Luciana Gimenez está soltando suas rotineiras pérolas: “abafa o caso”, “adoooorrroooo” entre outras ao VIVO na televisão.
A convidada ilustre, Tati Quebra Barraco, estava muito diferente da imagem que tinha em minha memória.
Então, começou o show horripilante. Rapazes fardados, no maior estilo perigo total, traziam bombas que continham o tema a ser discutido. Palavras-chaves que, segundo a apresentadora, seriam bombas para a entrevistada.
A conversa caótica seguiu para vários caminhos:
– plástica: foram pouco mais de 10, sob alegação de que em alguns momentos serem feitas por motivo de baixa autoestima,
– avó: aos 29 anos (sua filha foi mãe aos 13 anos, repetindo o feito de Tati, também mãe na mesma idade),
– luxo: adora esbanjar agora que está bem de vida, mas diz que continua solidária com os amigos da Cidade de Deus e só compra produtos no Brasil. Quando viaja para o exterior não compra NADICA de NADA (?),
– roupas: mais de 1200 calças, 300 pares de sapatos, centenas de tops, saias, blusinhas e por aí vai; mas nenhuma roupa da grife da apresentadora Luciana Gimenez, que indignada disse que lhe presentearia com uma calça 40 que estica e parece 42 (?),
Essas foram algumas das temáticas abordadas no programa. Cruzis!
O momento constrangedor começou quando Gimenez resolveu confrontar Tati com o Rodolfo, a Naná (ex-BBB) e um cantor sertanejo e evangélico. Aí a baixaria rolou solta. Os convidados ouviram pelo fone um famoso proibidão da Barraco e começaram a questionar a música, a postura o estilo etc.
Naná recomendou que os filhos da fankeira não devessem ouvir tais impropérios que, não é apropriado para crianças. E a Barraco lançou uma resposta seca “Quem tem que achar sou eu”. Momentos de tensão!
Atacada pelo Rodolfo que, se disse horrorizado com as poucas roupas da cantora, Tati martirizou Rodolfo dizendo que ele se esqueceu do amigo ET que morreu sem ajuda do amigo.
Rodolfo ofendido retrucou dizendo que ela não deveria meter na conversa “quem está morto e não pode se defender”.
O cantor sertanejo e evangélico (da qual não me recordo o nome) foi mais sutil dizendo que não gostava da música, exigindo respeito pelo seu gosto pessoal. Tati disse que eram de gostos diferentes e que cada um tem seu direito de gostar ou não.
Mais tarde, Tati quebra o barraco, literalmente, com a tal Madame do Funk que diz que ela não é cantora, faz apologia à pedofilia, à erotização gratuita e infantil etc. Resumindo, a Madame disse que a música da Barraco era baixaria pura.
Daí pra frente o show descambou de vez, com sucessivos palavrões, gritaria, ofensas… o mais puro barraco entre a tal lady e a tal moça vinda da favela… Uma aberração de ofensas discriminatórias de ambas as partes.
Tati tentou se defender com a ajuda da querida Gimenez dizendo que “quem não gosta deve mudar de estação “(rádio), Gimenez completou “mudar o canal da TV”. As duas concluíram “Cada um faz o que quer…”
Até ai tudo bem!
Eis que a apresentadora solta a pérola da noite “Se você não gosta do programa que está assistindo muda de canal, é um direito de todos”. Essa foi a típica pérola La Gimenez, conhecida por suas gafes e frases ridículas.
Peralá!
Como assim muda de canal? Veja bem, veja bem, veja bem!
Não concordo e fico profundamente ofendida que esses pseudos artistas fazem com um canal de TV que é uma concessão pública. O sinal entra na minha casa e eles vivem do que arrecadam com suas publicidades e famas pagas com o suor do meu, do seu, do nosso rosto. E a TV não é de graça, como dizem os espertinhos! Não é só mudar de canal.
É exigir programas de qualidade, que não ofendam a moral e a dignidade humana. É só isso que eu peço. Mudar de canal é muito fácil. É não enxergar a verdade diante do nariz.
Não quero mudar de canal, quero ter a sorte de ter centenas de programas que reforcem o respeito, a paz, a solidariedade, a justiça social, a igualdade etc. Valores tão caros e raros atualmente. Recuso-me a mudar de canal, quero uma TV decente! Quero, luto e exijo uma TV DECENTE!
Moças, ladys, madames, mulheres. Vocês estão nas rádios e nas TV (reforço: concessões públicas) e devem dar exemplos de respeito. Não ficar batendo boca dizendo quem é melhor ou pior. É ridículo! Com todo respeito às domésticas, faxineiras, lavadeiras etc., lavar roupa suja em rede nacional não é certo nem respeitoso!
Depois os barões da Comunicação ficam bradando que exigem “Liberdade de Expressão”,que a Confecom tentou lhes roubar.
Pelamor, liberdade de expressão? Expressão de palavrão, de baixaria, de agressão verbal gratuita? Essa liberdade que eles querem? Liberdade para entrar em todos os lares para falar asneiras e palavras de baixo calão? Tenham dó, meus senhores!
Minha gente, vocês não devem continuar vendo essas baixarias na chamada “televisão pública”, vamos boicotar esses programas péssimos. Nem quero questinoar se a música dela é boa ou não… só o barraco/bate-boca descabido já foi suficiente.
Essa foi a gota d’água pra mim!
Infelimente, tive que exercer meu direito de mudar de canal. Para não correr o risco de ver outra besteira, desliguei a TV e fui dormir. INDIGNADA!
Indignada porque ainda não posso assistir “o programa ideal de QUALIDADE”.
Cada dia que passa, ou melhor, cada programa de TV que apresentam reforça a idéia de que uma outra Comunicação se faz urgente e necessária!
Não dá mais.
BASTA!
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